Sindicalistas denunciam que base do governo manobra para não aprovar piso do salário-mínimo regional

Dirigentes de diversas categorias, entre elas dos telefônicos, acompanharam, a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Assembleia Legislativa, a votação do Projeto de Lei 290/2023, que prevê reajuste de 9% para o salário-mínimo regional de 2023. Mas, por mais uma manobra da base do governo Eduardo Leite (PSDB), a proposta não foi votada, apesar de ter parecer favorável da relatoria.

Um dos deputados da base do governo, deputado Marcus Vinicius (PP), pediu vistas ao projeto, impedindo a votação. Na última semana, os deputados da base governista já não haviam dado quórum na Comissão, em outra manobra para travar a tramitação da proposta.

A proposta apresenta 9% de reajuste e altera a data-base para 1º de fevereiro. As centrais reivindicam um reajuste de pelo menos 10,5% (inflação correspondente ao período do governo Leite) e a manutenção da data base em 1º de fevereiro.

Os trabalhadores lembram que o salário-mínimo regional é importante para cerca de 1,5 milhão de gaúchos que recebem o piso regional. Lembrando que os trabalhadores telefônicos estão na Faixa II, abrangendo os trabalhadores em empresas de telecomunicações, teleoperador (call center), telemarketing, call-center, operadores de voip (voz sobre identificação e protocolo), TV a cabo e similares. Além disso, o piso regional serve de parâmetro para o reajuste salaria de diversos segmentos.

O deputado Luiz Fernando Mainardi (PT), lembrou que, mais uma vez, o trabalhador, que deveria estar com seu piso reajustado desde fevereiro, sai prejudicado pelos partidos da base governista. O governo só mandou a proposta no meio do ano e agora orienta sua base a ficar empurrando com a barriga a votação.

Assessoria de Comunicação

C/Informações da CUT-RS

15/10/2023 20:13:59

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