O salário mínimo necessário em janeiro para atender uma família com dois adultos e duas crianças deveria ter sido de R$ 5.997,14, mostra a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada hoje pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O valor é 4,95 vezes maior que o piso nacional vigente, que é de R$ 1.212.
Segundo o DIEESE, este é o salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador com a família, alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
A alta do valor do salário mínimo para janeiro em relação a dezembro, foi puxada pelo preço dos alimentos básicos em 16 das 17 capitais onde o departamento faz o levantamento, sendo Porto Alegre a terceira capital com a cesta básica mais cara entre as capitais (R$ 673,00).
Salário mínimo de 2022 não repõe inflação
O salário mínimo de R$ 1.212, que passou a valer a partir de 1º de janeiro de 2022 não repõe a inflação do ano passado. Segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), indicador que corrige a remuneração básica, a alta da inflação foi de 10,16% em 2021, de acordo com dados divulgados em janeiro. O percentual ficou acima do reajuste do salário mínimo, que foi de 10,02%.
É importante os trabalhadores acompanharem estes movimentos de preços e do salário mínimo. Muitas negociações são balizadas por estes itens e, além disso, o custo da cesta básica, por exemplo, o trabalhador sente no bolso todos os meses. Por isso, a luta do SINTTEL-RS, em ada negociação, tem sido, além das questões que envolvem a Covid-19, que se trata de preservar a vida, também a de buscar uma reposição que ao menos reponha a inflação do período anterior, medida pelo INPC e que, muitas vezes, ainda assim fica abaixo do que realmente sobem os itens que suprem as necessidades dos trabalhadores e de suas famílias, como deixa claro o estudo do DIEESE.
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Assessoria de Comunicação
09/02/2022 11:29:28
