13° CONCUT defende fortalecer a luta dos trabalhadores

O SINTTEL-RS esteve representado, de 07 a 11 de outubro, no 13º Congresso Nacional da CUT, realizado em São Paulo. No encontro, além de eleger nova diretoria, teve como principal desafio defender direitos ameaçados pelo governo Bolsonaro e traçar um plano de lutas para a organização dos trabalhadores frente ao novo mundo do trabalho

Mais de dois mil delegados e delegadas, homens e mulheres, do campo e da cidade, além de mais de 100 sindicalistas de 50 países do mundo e dos movimentos sociais das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo que este ano teve como tema “Lula Livre – Sindicatos Fortes, Direitos, Soberania e Democracia”.

A cerimônia de abertura contou com a presidenta do PT, Gleisi Hoffman e a ex-presidenta Dilma Rousseff. No final do Congresso, dia 10, os delegados e delegadas elegram a nova direção executiva da CUT. O metalúrgico do ABC, Sérgio Nobre, encabeçou a chapa única para a direção nacional da central e foi eleito por unanimidade.

O 13º CONCUT foi realizado no ano que a CUT completa 36 anos de histórias de lutas e conquistas e quando o Brasil vive um ataque brutal a sua democracia, com um governo de extrema direita, ligado ao empresariado e ao mercado internacional que em apenas nove meses atacou vários direitos conquistados com muita organização, resistência, mobilização e luta.  

O governo encaminhou ao Congresso nacional sua proposta de reforma da Previdência, cortou recursos da Educação e deu início ao seu programa de privatizações, um verdadeiro ataque a soberania nacional. Ele também atacou o meio ambiente, tentou criminalizar os movimentos sociais e sindicais.

O Congresso foi um momento para discutir estratégias para enfrentar a ferocidade neoliberal do governo, traçar planos para  discutir os novos modelos de contrato de trabalho, impostos pela reforma Trabalhista bem como organizar os trabalhadores e as trabalhadoras neste novo mundo do trabalho, em que avanços tecnológicos e inteligência artificial estão lado a lado com o trabalho precário, sem registro, sem direitos.

Importância dos Sindicatos

No encontro foi reforçada a importância dos sindicatos. Foi destacado que não tem como ter um sindicato forte se ele não representar os trabalhadores formais e informais, mas principalmente se a classe trabalhadora não entender que o sindicato é a sua principal ferramenta na luta por direitos. O trabalhador sempre ficará numa posição fragilizada em relação ao patrão e a classe trabalhadora precisa ter conhecimento que para enfrentar o capital é preciso ter uma estrutura forte, representativa, que tenha conhecimento do que está falando e com pessoas comprometidas. É neste sentido que a CUT trabalha porque direitos estão atrelados a sindicatos fortes.

Soberania e democracia

Entre os debates no Congresso esteve o tema da soberania e democracia, que precisam andar juntas porque o país não pode voltar a ser um quintal dos Estados Unidos e o povo brasileiro precisa voltar a ser respeitado. O povo brasileiro não pode ficar assistindo a entrega do país para grupos estrangeiros.

Congressos Estaduais 

Agora os debates da organização da Classe Trabalhadora prosseguem em cada estado do Brasil. As CUT’s estaduais irão realizar seus Encontros (CECUT) até dezembro deste ano, onde deverão detalhar as ações construídas no 13º CONCUT,  formular plano de lutas para os próximos períodos e eleger as novas direções estaduais.

É importante que os trabalhadores telefônicos somem com as demais categorias, fortalecendo a solidariedade e unidade da classe trabalhadora, pois o ataque patronal aos direitos trabalhistas e previdenciários, realizados pelo atual governo, atinge a todos, sejam trabalhadores rurais ou urbanos.

Assessoria de Comunicação

16/10/2019 21:45:20