Na terça, 24, todos nas ruas contra a reforma da previdência

O SINTTEL-RS está convocando a categoria a participar, no dia 24 de setembro, às 18h, na Esquina Democrática, em Porto Alegre, do ato que está sendo promovido pela CUT-RS, centrais sindicais e movimentos sociais. O ato é contra a reforma da Previdência, os cortes de recursos na educação, o desemprego, as queimadas na Amazônia e em defesa da soberania nacional. Também haverá protestos em cidades do interior gaúcho.

A mobilização acontece na dia em que o Senado pretende votar em primeiro turno a proposta do governo Bolsonaro que destrói a aposentadoria do povo brasileiro. O texto, já aprovado por maioria na Câmara dos Deputados, retira direitos, como a aposentadoria tempo de contribuição, impõe idade mínima para homens (65 anos) e mulheres (62 anos) se aposentarem, reduz o valor das novos benefícios de aposentadorias e pensões e estabelece período de transição para as novas regras de apenas dois anos, dentre outras maldades.

Cobre dos senadores gaúchos

Dos três senadores gaúchos, apenas Paulo Paim (PT) tem se manifestado contra a reforma da Previdência, tendo votado contra a sua admissibilidade na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Por isso, os senadores Lasier Martins (Podemos) e Luís Carlos Heinze (PP) estão sendo pressionados pelos trabalhadores, para que votem contra a proposta de Bolsonaro.

Cadê os empregos prometidos?

Bolsonaro está no seu nono mês de governo sem apresentar uma única medida de geração de emprego e renda ou de desenvolvimento com justiça social. Conforme dados do IBGE, o país tem atualmente 38,6 milhões de trabalhadores na informalidade. Isso significa que da força total de trabalho, estimada em 105 milhões de brasileiros, 41% desse total estão no mercado de trabalho sem proteção social e não contribuem para a Previdência.

Os projetos apresentados por Bolsonaro e seu ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, só beneficiam os grandes empresários e o agronegócio.

Barrar os ataques à educação pública

Os trabalhadores e estudantes denunciarão também os cortes de recursos na educação pública e o programa Future-se, que visa privatizar a gestão das universidades e institutos federais.

É preciso denunciar os cerca de R$ 900 milhões que foram retirados da educação para integrar os R$ 3 bilhões que o governo está pagando aos parlamentares para aprovação da reforma da Previdência.

Contra as queimadas na Amazônia

Outra pauta do dia 24 são as queimadas que estão destruindo a Amazônia, que chocaram o Brasil e o mundo e provocaram reações em países europeus e que também serão denunciadas pelos trabalhadores e estudantes, reforçando as manifestações da “greve mundial pelo clima”, que aconteceu no mundo todo na sexta-feira, dia 20.

Temos que mostrar que os responsáveis por queimar árvores na Amazônia são os mesmos que querem acabar com os direitos trabalhistas e sociais, os mesmos que cortam recursos na educação e na saúde, e os mesmos que querem privatizar as empresas públicas, destruindo a soberania nacional.

Contra as privatizações

As mobilizações também são contra as privatizações e a entrega das maiores empresas brasileiras para grupos internacionais. O governo já anunciou a privatização de 17 estatais, como os Correios, a Petrobrás, o Serpro, a Dataprev, destruindo empregos e a economia das cidades onde essas empresas estão instaladas.

É importante lembrar que as empresas estatais são estratégicas para o desenvolvimento econômico e social do país. Elas têm importantes funções sociais, são lucrativas e contribuem para fazer o país crescer e gerar empregos. Por isso, despertam o interesse de grupos econômicos estrangeiros.

A venda destas empresas é um crime contra o povo brasileiros e o desenvolvimento do país.

Agende-se e participe. Será somente tomando as ruas que poderemos evitar todas estas medidas que só aumentarão o desemprego e a miséria da Nação.

Assessoria de Comunicação

C/Informações da CUT-RS

22/09/2019 12:06:49