Nesta segunda-feira, dia 14 de dezembro, um novo leilão vendeu, por R$ 16,5 bilhões, a rede de telefonia móvel da Oi para a Tim, Vivo e Claro. A venda retira a Oi do mercado de telefonia móvel. Este foi o segundo leilão de ativos da empresa realizado dentro do processo de recuperação judicial da companhia, iniciado em 2018. O primeiro foi realizado no dia 26 de novembro e atraiu poucos interessados. Nele, foram vendidas as torres de telefonia e data centers da companhia por cerca de R$ 1,4 bilhão.
Com o resultado do leilão, a Oi deve desaparecer do mercado de telefonia móvel brasileiro. Ela ainda tem os ativos de infraestrutura e fibra, mas estes também deverão ser parcialmente vendidos.
Sem a Oi, as empresas Tim, Vivo e Claro abocanham ainda mais o mercado de telefonia móvel do Brasil.
A unidade de Torres foi vendida por R$ 1,067 bilhão para a Highline do Brasil. Já a unidade de data centers foi arrematada pela Titan Venture Capital por R$ 325 milhões de reais.
Para vender seus ativos, a OI dividiu a empresa em quatro Unidades Produtivas Isoladas (UPIs): Ativos Móveis, Torres, Data Center e InfraCo.
A única que não foi ainda vendida – a UPI InfraCo, que reúne os ativos de infraestrutura e fibras - deverá ser parcialmente vendida em leilão, ao preço mínimo de R$ 6,5 bilhões.
O SINTTEL-RS, desde o anúncio dos leilões dos pedaços da OI, tem alertado quanto a situação dos trabalhadores, como manutenção dos empregos e direitos, e dos aposentados e pensionistas, já que a Oi é a principal mantenedora do Plano de Previdência.
O Sindicato, juntamente com outras entidades, inclusive a Fitratelp em nível nacional, tem desenvolvido inúmeras iniciativas cobrando medidas que protejam os trabalhadores e os aposentados e pensionistas.
Mesmo assim, a empresa anunciou a demissão de cerca de mais de 2 mil trabalhadores.
Continuaremos atuando para garantir os empregos e os direitos dos trabalhadores e aposentados e combater o entreguismo deste governo que trará imensos prejuízos não só para estes dois segmentos, mas para a população brasileira, especialmente os mais desassistidos.
Assessoria de Comunicação
14/12/2020 23:44:20
