Reajuste zero para mínimo regional. Será que você não contribuiu com isto?

O SINTTEL-RS, em diversas ocasiões, e na última eleição não foi diferente, tem alertado os trabalhadores sobre a importância de escolherem com critério os seus candidatos a cargos públicos e verificar com cuidado a postura do partido a que pertencem. Não importa se é em nível municipal, estadual ou federal. As escolhas, indiscutivelmente, têm reflexos na nossa vida em praticamente todos os setores, desde leis que protegem os trabalhadores, até o preço dos alimentos, da passagem de ônibus, da segurança nas ruas, e por aí vai. Por isso, o Sindicato tem feito um apelo para que, antes de votar, cada um e cada uma, busque informações sobre os candidatos e  seus partidos, e como ele tem se posicionado em relação a questões que são importantes para a classe trabalhadora.

Na semana passada (dia 1º de dezembro), por 34 votos a 14, o plenário da Assembleia Legislativa do RS aprovou uma emenda que estabelece REAJUSTE ZERO para o salário mínimo regional de 2020, com 10 meses de atraso. A proposta foi enviada em 18 de fevereiro pelo governador Eduardo Leite (PSDB), e previa aumento de 4,5% para repor a inflação de 2019. 

Mas os deputados aliados do governo, levaram 10 meses para votar a proposta e ainda congelaram os salários de 1,3 milhões de trabalhadores gaúchos que ganham salário-mínimo regional no RS. Já o governador, que enviou a proposta, não fez qualquer esforço para manter o índice de reajuste e lavou as mãos, prejudicando milhares de famílias gaúchas. E tudo isso, num momento de pandemia, onde quem mais está pagando a conta e morrendo é a classe trabalhadora e os mais desassistidos. 

Com a votação dos deputados, dos três estados do Sul somente o RS congelou o reajuste deste ano. Santa Catarina aprovou aumento de 4,96% e o Paraná de 5,86%.

Gol contra

Infelizmente, os deputados que votaram a proposta, assim como o governador, não estão no parlamento por acaso, mas foram eleitos. Muitos dos que votaram contra o reajuste do salário-mínimo, foram eleitos pelos próprios trabalhadores, que sem a devida atenção quanto a postura do político ou do seu partido em relação aos trabalhadores, dão seu voto a quem depois, vai votar contra ele.

Muitos partidos já haviam votado contra os trabalhadores na reforma trabalhista, na da previdência, nas medidas que retiram direitos, desmontam as normas de segurança, e, mesmo assim, ainda tiveram uma considerável votação entre os trabalhadores. Se fosse um jogo, seria o verdadeiro gol contra.

Agora, as centrais sindicais – entre elas a CUT - irão analisar as questões jurídicas da votação, uma vez que a legislação prevê reajuste anual para o chamado piso regional.

Assessoria de Comunicação

C/Informações da CUT-RS

03/12/2020 14:02:10