Oi desmarca, de última hora, reunião agendada com a FITRATELP para tratar do fatiamento da empresa

No dia 11 de setembro, a FITRATELP, em conjunto com as outras duas federações que representam a categoria (Fenattel e Livres), enviou ofício à presidência da Oi, solicitando reunião para tratar de temas de interesses dos trabalhadores. O objetivo do encontro era esclarecer pontos relativos aos trabalhadores, depois da assembleia de credores que aprovou o fatiamento da empresa, sem que qualquer menção fosse feita a situação dos empregados da empresa e suas prestadoras de serviço e, também, em relação a Fundação Atlântico, que atinge os aposentados e pensionistas.

As três entidades juntas congregam os sindicatos dos trabalhadores em telecomunicações dos empregados da Oi e de suas Prestadoras de serviços em praticamente todo o país.

A reunião, presencial, foi então agendada para a quinta-feira, dia 1º de outubro. Mas apesar dos representantes da FITRATELP e das outras duas federações já estarem no Rio de Janeiro para o encontro, a presidência da empresa, de forma intempestiva e até desrespeitosa, simplesmente desmarcou a agenda.

PREOCUPAÇÃO

As entidades tiveram a iniciativa em função da gravidade do momento e da preocupação dos trabalhadores com o processo de reestruturação com o fatiamento da empresa. Entre os pontos que as entidades informaram que queriam tratar na reunião, estavam:

  1. Dimensionamento e distribuição do quadro de empregados após a reestruturação da empresa;
  2. Relação contratual com as empresas parceiras que terceirizam as operações de Rede externa da OI; 3. Política de telecomunicações que será implementada com a reestruturação e rumos da Recuperação Judicial;
  3. Prazo e como se dará a transição da rede metálica para a rede em fibra ótica e qual será a tônica para adequação da mão de obra existente às novas tecnologias;
  4. A reestruturação iniciada com a simplificação da governança da empresa implicará num rearranjo com fusões e cisões das empresas que resultará numa nova Oi, como será e qual a dimensão deste novo cenário para o grupo Oi e Federação Interestadual dos Trabalhadores e Pesquisadores em Serviços de Telecomunicações suas subsidiárias Serede, Paggo e a prestadora Telemont?
  5. A consolidação da Fibra e a Móvel em empresas distintas impactará em quantas demissões e novas contratações?

OI, RESPEITE OS TRABALHADORES!

A expectativa era de que a empresa tivesse resposta e/ou encaminhamentos para estas questões, de forma que as federações pudessem levar informações concretas aos seus sindicatos e na sequência para os trabalhadores.

No entanto, o mesmo descaso que vêm sendo prática da empresa em relação aos trabalhadores nas suas negociações, se vê agora, quando o futuro de todos é incerto e são muitas as angústias da categoria.

Esperamos que a empresa tenha mais respeito com quem garante a continuidade dos serviços de telecomunicações, essenciais sempre e ainda mais neste momento de pandemia, e também com os dirigentes das entidades que representam estes trabalhadores, e agende para breve uma nova reunião, de forma a apresentar sua posição em relação aos questionamentos colocados pelas federações.

Confira AQUI o ofício enviado pelas entidades

Assessoria de Comunicação

02/10/2020 14:43:10