Aprovada proposta de aditamento ao plano de recuperação judicial da OI

Para os trabalhadores, significa incerteza quanto ao futuro

Cerca de 12 horas. Este foi o tempo que durou a assembleia geral de credores da Oi, da qual o SINTTEL-RS e outros interessados foram impedidos de participar, e que poderá definir o futuro de cerca de 100 mil trabalhadores que atuam na empresa, entre diretos e terceirizados, especialmente da Serede e Telemont, duas das principais prestadoras de serviços à Oi. A assembleia aprovou a proposta de aditamento ao plano de recuperação judicial que prevê o esquartejamento da empresa em quatro pedaços.

Como diz o presidente da Fitratelp, João de Moura Neto, o voto das representações dos trabalhadores não mudaria o resultado, mas seria a oportunidade de manifestarem sua indignação pela liquidação da Oi e as consequências em desemprego que virão.

O dirigente da entidade nacional também alerta que os sindicatos precisam urgentemente reavaliar as suas ações e atuações e definir como enfrentarão os próximos atos das empresas, tanto da Oi, que será implodida, como das demais que crescerão em suas áreas de atuação. “Não sabemos qual será o destino dos empregados em nenhuma das duas condições, de quem vende e de quem compra”, pontou ele, referindo-se a TIM, Claro e Vivo, que compraram a parte de telefonia móvel da Oi.

Por fim, o representante da Fitratelp propôs uma reflexão. “Parece que não compreendemos o momento que estamos vivendo na política, na consequência da desorganização promovida contra os trabalhadores desde o golpe contra Dilma (2016), até a manobra que nos excluiu  facilmente da participação na assembleia da Oi”, pontuou ele.

A partir desta assembleia, restou a certeza de que, mais uma vez, uma empresa construída com recursos públicos em sua origem, que representa serviços de telecomunicações para cerca de 70% dos municípios brasileiros, e que tem um alto potencial de empregabilidade (cerca de 100 mil empregos), tanto por seu tamanho, como pelo setor em que atua, cada vez mais essencial, será entregue a grupos privados, que objetivam apenas o lucro, sem qualquer compromisso com os trabalhadores, com a população e sequer com o País.

Como o SINTTEL-RS tem alertado, o “filé mignon” passará ao setor privado e, para o estado, a população e os trabalhadores, restará a “carne de pescoço”, em forma de dívida, piora e encarecimento dos serviços e desemprego.

O Sindicato lamenta mais está demonstração de falta de compromisso deste governo com a Nação brasileira e reafirma sua disposição de, junto com as demais entidades em nível nacional, lutar até o fim para manter o que for possível em termos de empregos e direitos dos trabalhadores.

Assessoria de Comunicação

09/09/2020 23:49:12

 
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