Fundo do BTG, pupilo de Paulo Guedes, sai na frente na briga bilionária pela operação de fibra da Oi

A Oi assinou acordo para negociação exclusiva com fundo do Banco BTG Pactual, menina dos olhos do ministro da Economia, Paulo Guedes, que foi um dos fundadores do Banco, na venda de sua operação de fibra, um negócio de mais de R$ 20 bilhões. O Fundo é gerido por André Esteves, alvo de acusações da Lava Jato, e que apoiou o nome de Guedes como ministro de Bolsonaro.

O comunicado público foi feito pela Oi em 4 de fevereiro, que assinou um acordo para negociação exclusiva com o BTG, que está na disputa através do Fundo de Investimento em Participações (FIP) Economia Real.  Agora o BTG tem 30 dias para ajustar os detalhes do negócio. As conversas podem ser prorrogadas por mais 30 dias.

A operadora colocou à venda 51% das ações ordinárias. O comprador terá de pagar um preço mínimo de R$ 6,5 bilhões, assumir dívidas de R$ 2,4 bilhões e assumir os investimentos necessários para ampliar a rede de fibra óptica, estimados em R$ 20 bilhões ao longo de pelo menos quatro anos.

Quem vencer o leilão judicial da InfraCo vai ser dona de uma das maiores operações de fibra do Brasil, uma rede que conta com 400 mil quilômetros de fibras ópticas, em 2,2 mil cidades no País e uma marca, em 2020, de 2 milhões de clientes.

Quase tudo vendido

A divisão de torres foi vendida para a Highline, em um negócio de pouco mais de R$ 1 bilhão e a área de data center foi comprada pela Piemonte Holding por R$ 325 milhões em leiloes ocorridos em novembro de 2020. Em dezembro, a Oi vendeu sua operação móvel por R$ 16,5 bilhões para TIM, Vivo e Claro.

Assessoria de Comunicação

11/02/2021 16:24:59

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